Em um estudo publicado na Cell Reports Medicine, pesquisadores utilizaram amostras de tecido de pacientes com Doença de Crohn (DC) para criar organoides em laboratório, a fim de investigar suas características fenotípicas e genotípicas. Eles desenvolveram organoides derivados de pacientes (ODPs) e os analisaram molecularmente para identificar as vias responsáveis pela fisiopatologia da DC e buscar tratamentos eficazes.
O estudo
O estudo, realizado pelo Centro de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) da UC San Diego, incluiu 34 pacientes com DC, 10 com colite ulcerativa e 9 controles saudáveis. A equipe usou células-tronco de pacientes com DC para criar organoides a partir de biópsias do cólon e analisou suas características clínicas por meio de técnicas multi-ômicas, como análise de transcriptoma e genoma. Os organoides imitaram com precisão as condições da DC nos pacientes.
Resultados
A equipe identificou dois tipos principais de DC nos organoides: o tipo infeccioso imunodeficiente, associado à atividade imunológica reduzida contra bactérias, e o tipo fibrostenótico induzido por estresse e senescência (S2FCD), que leva ao estreitamento dos intestinos devido ao envelhecimento celular e estresse oxidativo.
O estudo destaca a heterogeneidade dos subtipos de Doença de Crohn e a utilidade dos Organoides Derivados de Pacientes para investigar respostas específicas a tratamentos, possibilitando o avanço da medicina personalizada no tratamento da doença, trazendo esperança para inúmeros médicos e pacientes no mundo todo que prendem suas esperanças nesses estudos.